SEGURANÇA CONDOMINIAL, PLANEJAMENTO ANUAL

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MOMENTO DE PLANEJAR

As ações de segurança para o novo ano iniciam, normalmente entre outubro e novembro do ano anterior, com o planejamento e aprovação das atividades que se desenvolverão a partir de dezembro, mês de festas, férias escolares e significativas alterações no fluxo de usuários locais; muitos locais tendem a esvaziar e outros passam a ser polo atrativo para receber proprietários e visitantes de poucos dias até alguns meses de duração.

Temos ao menos duas diversidades retratadas no parágrafo anterior, quais sejam:

  • as vivenciadas nos condomínios residenciais de moradia permanente,
  • as peculiares dos empreendimentos de veraneio e as mescladas destas realidades, típicas do litoral.

 

GESTOR DE SEGURANÇA

O gestor de segurança condominial, seja este representado pelo síndico, por um gestor predial, por gestores de segurança com dedicação exclusiva ou parcial, contratado diretamente pelo condomínio ou através de uma empresa de consultoria especializada em segurança condominial, sem vínculo com empresas fornecedoras de mão de obra ou serviços, estabelecerá a programação de medidas que propiciarão aos usuários e investidores a satisfação durante o período com que estes se relacionaram com este ambiente.

Uma das formas de retribuição pelos esforços da gestão, receber a declaração: É, ou foi, bom estar aqui!

 

REVISANDO OU CRIANDO UM PLANO DE SEGURANÇA

Diversas são as ferramentas do gestor de segurança condominial para construir e superar as ameaças e adversidades neste período. Vamos nos concentrar, neste momento, em programar a agenda da segurança.

Iniciamos por selecionar de imediato quando ocorrerão os feriados; quais os que aglutinarão dias úteis, passando assim a serem prolongados.

Identificar as particularidades de cada bairro e cidade onde os empreendimentos estão localizados, dentre estas, eventos culturais, obras públicas, influências históricas relacionadas a fatores climáticos (chuvas, enchentes, ressacas, secas, incêndios florestais,…) e eventos esportivos, dentre estes teremos um ano de copa do mundo de futebol.

Jornal o Estado de São Paulo, dia 13/11/2017: “Quem trabalha em São Paulo terá quase um mês de folga com os feriados do ano que vem. Entre as 14 datas comemorativas, metade cairá em terças ou quintas-feiras, dias que “emendam” ao fim de semana. Os outros sete feriados serão celebrados em segundas ou sextas. Ao todo, são 21 dias de folga durante o ano. Em 2017, foram 16.”.

 

O QUE LEVAR EM CONTA NA PROGRAMAÇÃO

Já com este cenário já é possível programar:

  1. Período de manutenção preventiva dos sistemas eletrônicos de segurança, normalmente entre 07 e 12 dias antes dos feriados. Com prazo suficiente para medidas corretivas que se fizerem necessárias.
  2. Programação Anual dos treinamentos e exercícios simulados envolvendo os recursos humanos que participam do sistema integrado de segurança condominial (inclusive moradores).
  3. Programação das auditorias internas e externas de processos relacionados à segurança condominial.
  4. Definir datas de reuniões da qualidade com fornecedores de serviços e produtos locados envolvidos na segurança condominial; para avaliação da evolução do desempenho do período e acumulado ao longo da duração dos contratos.
  5. Definir o período da revisão do Plano Diretor de Segurança com o orçamento a ser apresentado para aprovação.
  6. Definir as datas de revisão dos dados cadastrais de moradores, usuários e prestadores de serviços contumazes. Ao menos duas datas específicas no ano.
  7. Compatibilizar programação da agenda com as datas de assembleias ordinárias.
  8. Definir as datas de revisão dos dados do inventário de produtos e equipamentos relacionados com a segurança condominial e compatibilizar as informações com o Plano Anual de Manutenções e Reparos.
  9. Identificar datas previstas para revisão dos contratos de prestadores de serviços e compatibilizar com pesquisa de mercado, de forma a ter elementos para negociação de continuidade, substituição e/ou reajustes.
  10. Programar datas de participação em eventos externos: reuniões do CONSEG – nestas datas ocorrerá contato com representantes da segurança pública; participação em feiras, congressos e cursos;
  11. Programar as datas de revisão de documentos, função da data de validade: Política de Segurança; Código de Ética e Posturas; Normas e Procedimentos; Plano de Contingências e Emergências, dentre outros.
  12. Programar as datas de reuniões com o síndico, diretor de segurança, conselho de segurança e/ou outros que representem a alta administração, quando serão apresentados os indicadores da gestão de segurança condominial para correspondente análise crítica e ajustes que julgarem necessários.
  13. Programar datas de elaboração, produção e divulgação de campanhas de endomarketing, incluindo pesquisas de avaliação do grau de satisfação e sensibilidade com a segurança do empreendimento e do usuário em seu interior.
  14. Particularidades de cada empreendimento e modelos de gestão interna destes produzirão diversas outras ações com respectivas datas e períodos de realização e atenção por parte do gestor de segurança condominial.

 

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Sobre André de Pauli 6 Artigos
Engenheiro Civil e Engenheiro de Segurança do Trabalho. Postulante PMP - Project Management Professional e CPP - Certified Protect Professional. Auditor TAPA - Transported Asset Protection Association. Desde 1990: profissional staff em empresas de segurança privada, serviços de facilites e consultorias especializadas. Periodista e coautor do livro “Segurança para Gestores Condominiais” – lançado pela Educamais EAD em 2017. Sócio diretor da empresa de consultoria em segurança MSN – Managers Security Network. Administrador do Grupo Segurança Condominial no Facebook – 3 anos e mais de 3.600 integrantes.